segunda-feira, 20 de julho de 2009

PIC FEIRA DAS NAÇÕES: ÍNDIA

Equipe: KELLY CRISTINA QUIRINO
LUCIMARA GOMES VILELA
PAOLA PRISCILLA VESPERMANN SOUZA
POLIANA AMORIM NASCIMENTO
SUELLEN VIEIRA MOLINA
TATIANA PEREIRA TAVARES

INTRODUÇÃO
O objetivo do nosso trabalho é analisar o mercado mundial e identificar as principais características da Índia como um mercado consumidor internacional em relação a três produtos exportados do Brasil: frango, cachaça e o petróleo.
O país escolhido foi a Índia por ter a 4ª economia do mundo em termos de PPA (Paridade de Poder Aquisitivo). É um dos destinos mais atrativos para investir e fazer negócios devido a sua mão de obra qualificada, seus recursos naturais, seu mercado interno e sua fortaleza econômica.
A economia índia experimentou importantíssimas mudanças desde a introdução das reformas econômicas em 1991. Estas reformas se basearam em três aspectos: liberalização, privatização e globalização.
O palco atual da economia da Índia está caracterizado por um crescimento consolidado e com umas volúveis macroeconômicas muito consolidadas. O crescimento do PIB para 2006-07 foi de 9,2%.
A metodologia utilizada para alcançar nosso objetivo foi: utilizar dos instrumentos de observação, pesquisa e análise seguindo o roteiro de cada disciplina e aplicar os conhecimentos e os conceitos adquiridos em sala de aula à prática.

1 APRESENTAÇÃO DA ÍNDIA
DADOS GERAIS
NOME OFICIAL: República da Índia (Bharat Juktarashtra). ÁREA: 3.287.782 km²CAPITAL: Nova DélhiPOPULAÇÃO: 1.100 milhões
PIB: 785 bilhões de dólares (ou 3,6 trilhões de dólares pelo critério de paridade do poder de compra - PPC)
MOEDA: rúpia indiana (1 rúpia = R$ 0,042)DATA NACIONAL: 26 de janeiro (Proclamação da República); 15 de agosto (Independência); 2 de outubro (aniversário de Gandhi).IDIOMAS: hindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati).
RELIGIÃO: hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (em 1991).
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 329 hab./km2
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,6% ao ano (1995 a 2000)
TAXA DE ANALFABETISMO: 44,2% (censo de 2000).RENDA PER CAPITA: US$ 3.019 (estimativa 2005).

GEOGRAFIA
LOCALIZAÇÃO: centro-sul da ÁsiaFUSO HORÁRIO: + 8 h30min em relação à BrasíliaCLIMA: clima de monção (maior parte), clima tropical, equatorial (S), árido tropical (NO), de montanha (N).CIDADES PRINCIPAIS: Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá, Nova Délhi; Madras, Bangalore.COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: indo-arianos 72%, drávidas 25%, mongóis e outros 3% (censo de 1996).
A Índia é um país federal asiático que ocupa a maior parte do subcontinente indiano e ainda as ilhas Laquedivas e Andamão e Nicobar. Limita ao norte com a República Popular da China, o Nepal e o Butão, a leste com Mianmar, ao sul e a leste com o Bangladesh e a Baía de Bengala, ao sul com o Estreito de Palk, defronte a ilha do Ceilão (Sri Lanka), com o oceano Índico e o mar das Laquedivas, a oeste com o mar Arábico e a oeste e norte com o Paquistão. Sua costa litorânea atinge 7.517 km. É o segundo país mais populoso do mundo (depois da China), com mais de um bilhão de habitantes, e o sétimo maior por área. O nome oficial do país é República da Índia, e sua capital é Nova Délhi.
Berço da Civilização do Vale do Indo e uma região de rotas de comércio históricas e de impérios vastos, o subcontinente indiano foi identificado com sua riqueza comercial e cultural durante grande parte de sua longa história. Quatro das principais religiões do mundo, hinduísmo, budismo, jainismo e sikhismo originaram-se lá, enquanto o zoroastrismo, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo chegaram no primeiro milênio da era cristã e deram forma à diversidade cultural da região. Anexada gradualmente pela Companhia das Índias Orientais Britânica desde o início do século XVIII e colonizada pelo Reino Unido desde os meados do século XIX, a Índia tornou-se uma nação moderna em 1947 após um esforço para a independência que foi marcada pela difundida resistência não-violenta.
1.1 POLÍTICA
A Índia é uma república parlamentar que consiste em 28 estados e em 7 territórios federais. Tem a décima segunda maior economia do mundo em termos de taxas de câmbio de mercado e a quarta maior em poder de compra. As reformas econômicas transformaram-na na segunda grande economia de mais rápido crescimento; entretanto, ainda sofre de altos níveis da pobreza, analfabetismo, e má nutrição. Uma sociedade pluralista, multilingue, e multi-étnica, a Índia é igualmente o berço de uma diversidade de animais selvagens em uma variedade de habitat protegidos.
O Congresso Nacional Indiano (também conhecido como Partido do Congresso) é a mais antiga das organizações políticas ativas na Índia, sendo, igualmente, um dos maiores partidos deste país. Teve um papel importante no movimento pela independência da Índia e governou aquele país em diversos períodos: 1947-1977, 1980-1989, 1991-1996 e desde 2004 até a atualidade, sendo assim o partido que esteve no poder na maior parte dos governos pós independência. O poder executivo pertence ao primeiro-ministro. Seu atual chefe de Governo é Manmohan Singh.
1.2 CULINÁRIA
A culinária indiana é caracterizada pelo seu uso sofisticado e sutil de muitas ervas e especiarias. Considerada por alguns como a culinária mais diversificada do mundo, cada ramo da cozinha indiana é caracterizada pelo uma ampla gama de pratos e técnicas culinárias. Embora uma significativa porção da comida indiana seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Bife não é comido pela maioria dos hindus.
A comida é uma parte importante da cultura indiana, desempenhando papel tanto na vida diária quanto nos festivais. Muitas vezes a comida indiana cotidiana consiste de dois ou três pratos principais com acompanhamentos variados como chutney (condimento agridoce, picante ou uma mistura dos dois) e picles, alimentos ricos em carboidratos como arroz e roti (pão), assim como sobremesas.
A diversidade é uma característica marcante na geografia, cultura e comida indiana. A culinária indiana varia conforme a região, refletindo a demografia variada e diversidade étnica do subcontinente. Em termos gerais, a culinária indiana pode ser dividida em quatro categorias: norte, sul, leste e oeste da Índia. Apesar da diversidade, alguns aspectos únicos fazem parte da culinária indiana. O uso de grande variedade de especiarias é parte integral da preparação das comidas e utilizada para acentuar o sabor e criar aromas únicos.
Os pontos comuns da culinária indiana são arroz, atta (farinha de trigo integral), e uma variedade de legumes sendo que os mais importantes são masoor (tipo de lentilha), chana (grão-de-bico), toor (guandu), urad (tipo de feijão) e mung (semente da vigna radiata). A maioria dos curries indianos são fritos em óleo vegetal. No norte e oeste da Índia óleo de amendoin é tradicionalmente mais popular para fritar, enquanto que no leste óleo de mostarda é mais comumente usado. No sul da índia óleo de coco e de gergelim são comuns.
As especiarias mais importantes na culinária indiana são pimentas, semente de mostarda preta, cominho, cúrcuma, feno-grego, gengibre e alho. Misturas de especiarias populares são Garam Masala que é um pó com geralmente cinco ou mais especiarias secas; e Goda Masala. Algumas folhas são comumente usadas na culinária indiana, como tejpat (folha da cassia), coentro, feno-grego e menta. O uso das folhas do caril é típico de toda culinária indiana. Nos pratos doces são usados cardamomo, noz moscada, açafrão, e essência de pétalas de rosa.
O Chá é a bebida típica mais comum por toda a Índia, o qual é geralmente preparado como masala chai com uma mistura de especiarias fervidas no leite. O café é a segunda bebida mais popular. Outras bebidas incluem nimbu pani (limonada), lassi (feita com mistura de iogurte com água, sal e especiarias), badam dood (leite com nozes e cardamomo), chaach (feito com coalhada/iogurte) e sharbat (suco de frutas e pétalas de flores). Os indianos também têm muitas bebidas alcoólicas nativas como vinho de palma, fenny (tipo de licor), bhang e cerveja indiana. Porém, a prática de consumir bebida junto com comidas não é comum na Índia.
1.3 DANÇA
A Índia oferece várias formas de danças clássicas, representando as mais diversas partes do país. No Natya Sastra, o texto mais antigo do Oriente, as danças são descritas como temas centrais das vidas dos povos daquela região. Por muitos séculos, essas danças foram relacionadas aos rituais dos templos. Cada um destes estilos tem uma conexão regional forte e nenhum deles pode reivindicar ser representante da Índia como um todo.
As danças clássicas indianas são estruturadas em torno dos nove rasas (emoções): sringara (amor), roudra (heroísmo), hasya (humor), bhibasta ou bhayanak (medo), viram (coragem), karuna (compaixão), adbhuta (maravilhamento) e shanta (paz). Em todas as danças utilizam-se os mudras, gestos das mãos, para cada um destes rasas.
É dividida em:
Nritta (elementos rítmicos): a dança pura ou abstrata, sem simbolismos.
Nritya (combinação do ritmo com a expressão): expressado geralmente pelos olhos, mãos e movimentos faciais (abhinayas), analisado no Natya Sastra em quatro subdivisões: Angika (físico/uso dos movimentos de várias partes do corpo, para expressar significados: hastamudras - gestos com as mãos, mandis-posturas ee a forma de dançar e andar do dançarino), Vachikabhinaya (vocal ou verbal/ usado pelos membros do grupo musical que acompanha o dançarino), Aharyabhinaya (expressão externa/ trajes, maquiagem, acessórios do dançarino) e Satvikabhinaya (expressão psicológica/mais particularmente o trabalho dos olhos e expressão facial, que caracterizam a emoção do dançarino ou a representação do personagem).
Natya (elemento dramático): para apreciar o natya ou dançar o drama, é necessário compreender e apreciar as lendas indianas. Os deuses e os deusas hindus como Vishnu, Lakshmi, Rama, Sita, Krishna, Radha que são freqüentemente descritos nestas danças. Também nas danças encontram-se o retrato da cultura, sociedade e história dos povos da Índia.
Algumas danças clássicas Indianas:
Odissi – da região de Orissa. A mais conhecida entre as danças clássicas indianas, Odissi é baseada na devoção popular à Krishna. Desenvolveu-se das danças templárias devadasis, possivelmente a mais antiga forma de dança clássica da Índia, descrita em escultura nos templos de Brahmeswara. O corpo se transmuta em formas curvadas, dividindo-se sempre em três partes: cabeça, busto e torso. Os bailarinos, em movimentos suaves, expressam em cada um dos movimentos uma emoção diferente. Assim como o Bharata Natyam, utilizam-se dos mudras (posição das mãos) e abhinayas (expressões faciais).
Bharata Natyam – dança da região de Tamil Nadu, Bharata Natyam é poesia em movimento. Seguindo suas origens, esta dança foi imortalizada nas gerações sucessivas, tanto pela graça sinuosa dos dançarinos quanto pela exímia qualidade técnica que seus representantes utilizam. Altamente tradicional, esta dança sofreu poucas alterações, e mantém-se fiel à seu repertório e formas de apresentação. A mistura vista em Bharata Natyam do abstrato ao emocional é derivada da fusão de dois elementos principais, nritta (a dança pura, sem interpretação) e nritya (dança expressiva). Bharata Natyam deriva muito do seu impacto intenso, dramático e da justaposição e contraste com que ambos os elementos são utilizados. Esta dança era empregada em rituais religiosos pelos devadasis. No ambiente sagrado dos templos, desenvolveram e propagaram esta arte, que posteriormente tornou-se tradicional e passou a ser ensinada nas escolas.
Manipuri – tradicional da região de Manipur. Inicialmente levava o nome de jogai, que significa movimento circular. Em textos antigos, jogai foi comparado ao movimento dos planetas em torno do sol. Executado ainda nos templos em ocasiões religiosas, esta forma da dança é uma tradição viva. Um desempenho genuíno da dança de Manipuri oferece uma visão de uma civilização rara e antiga que ainda tenta preservar suas tradições. Este estilo é multifacetado, variando do feminino-suave ao masculino-vigoroso. A graça deve ser encontrada em cada aspecto. A técnica, o ritmo e o tempo fazem de um recital de Manipuri uma experiência extasiante. A dança de Manipuri é um nome genérico e cobre todos as formas de dança desta região. As danças de Manipur retratam lendas hindus dos deuses Krishna, Radha e Shiva, em sua maioria.
Algumas danças populares Indianas:
Dhurang - da região de Uttar Pradesh. Dança rituualística realizada em cerimônias especiais, como, por exemplo, cerimônias de morte, com objetivo de liberar a alma do morto dos demônios. Os dançarinos seguram espadas e dançam em círculo, com movimentos viris.
Chholiya – da região de Uttar Pradesh, é executada durante cerimônias de casamento. Uma procissão leva os noivos à sua nova morada, com homens à frente do cortejo, dançando com espadas e escudos nas mãos, que simbolizam uma luta com os espíritos ruins, afastando-os da vida do novo casal.
Gendi - de Madhya Pradesh. Este estilo de dança muito popular entre as crianças, é realizada na estação chuvosa, de junho a agosto. A dança é viva, e consiste em executar intricados trabalhos de marcações rítmicas, com guizos nos pés, terminando com a formação de uma pirâmide.
Bihu - da região de Assam, é uma dança folclórica de grande popularidade, onde homens, mulheres, crianças, idosos, pobres ou ricos, todos compartilham juntos desta atividade, durante o Festival de Bihu, que começa no início de abril e dura todo o mês. Apesar de toda a comunidade dançar, homens e mulheres não se misturam durante a performance. As formações comuns durante a dança são o círculo ou colunas paralelas. A dança consiste em movimentos com as pernas, enquanto o torso permanece ereto, com leve balanço de ombros apenas.
2 APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS
2.1 PETRÓLEO
Há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém, a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos.
O petróleo é uma substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é a combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos).
Sendo a principal matéria-prima energética e industrial do planeta, porem uma riqueza distribuída de forma desigual entre os países e um recurso não-renovável, o petróleo se tornou provavelmente a mais importante substância negociada entre países e corporações, e tem sido, a partir do século XX, um fator político importante e causador de crises entre governos, levando explícita ou, na maior parte dos casos, implicitamente a guerras, massacres e extermínios.
É um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia. Serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras, e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.
Os países que possuem maior número de poços de petróleo estão localizados no Oriente Médio, e, por sua vez, são os maiores exportadores mundiais. Os Estados Unidos da América, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Kuwait, Líbia, Iraque, Nigéria e Canadá, são considerados um dos maiores produtores mundiais.
Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
2.2 FRANGO
A carne de frango é utilizada na alimentação, sendo classificada como alimento saudável, pobre em gorduras, desde que seja consumido sem pele. Essa carne apresenta rico teor de proteínas de boa qualidade e seu consumo é recomendado em todas as idades. Podem ser consumidas, sem pele, por alguém que tenha riscos cardiovasculares, pois contem uma baixa taxa de colesterol.
Na realidade, a carne de aves constitui uma fonte importante de proteínas, lipídios, vitaminas e minerais. Além disso, trata-se de proteínas de boa qualidade porque são ricas em aminoácidos indispensáveis. Estas proteínas têm, por conseguinte, um bom valor biológico que é comparável ao das outras carnes
O peito, que é o pedaço mais magro contém apenas 2% de lipídios. Além disso, as gorduras que trazem são de boa qualidade, visto que se trata em grande parte de gorduras mono e poli não-saturadas.
A carne de frango ainda é rica em ferro, constituindo uma fonte não negligenciável em ferro visto que se trata de ferro hemínico que é a forma do ferro mais bem assimilada pelo organismo e são consideradas fonte importante de vitaminas do grupo B, principalmente, B2 e B12. Estas vitaminas são indispensáveis, visto que ajudam na síntese de energia a partir dos nutrimentos ingeridos.
2.3 CACHAÇA
A cachaça é o nome dado à aguardente de cana. Ela pertence à nobre família das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de cana-de-açúcar, leveduras e água.
É uma bebida alcoólica tipicamente brasileira e mundialmente conhecida "caipirinha".
Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de "cachaço", o porco, e seu feminino "cachaça", a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados caititus – era muito dura e a cachaça era usada para amolecê-la.

3 ECONOMIA I
A sociedade indiana foi considerada durante muito tempo como pré-moderna, ou seja, fora dos processos de modernização e industrialização. Hoje, o cenário é diferente. O capitalismo introduzido na Índia se molda de acordo com as condições históricas, isto é, a situação da estrutura social, política e cultural interna e externa. Contudo, o sistema de castas ainda traz questões sobre a manutenção de uma sociedade tradicional dentro de uma sociedade moderna. As castas são definidas como quatro, estando uma outra fora da hierarquia. No topo da estrutura há os brâmanes que detém o trabalho intelectual exercendo as profissões de padre, filósofo ou intelectual. Eles são seguidos pelos Xátrias que trabalham como militares e constituem a “nobreza” no sistema de castas. Em terceiro lugar na hierarquia se encontram os Vaíxas, que são camponeses, mercadores e artesãos. Por último estão os Shudras, que são trabalhadores em geral. Fora dessa hierarquia, encontramos aqueles que se denominam Párias. Eles também são chamados de “intocáveis”, pois pela religião hindu são considerados seres “poluídos” que não podem compartilhar os mesmos espaços que os das castas superiores nem mesmo serem tocados por esses últimos. (http://chacombolachas.wordpress.com)
Não há consenso se os resquícios provenientes do sistema de castas é um obstáculo à modernização, um instrumento de funcionalidade para um diverso tipo de capitalismo ou parte de uma cultura que resiste à ocidentalização. Faremos, assim, uma breve descrição de sociedade tradicional e sociedade moderna. A sociedade tradicional, em sua esfera econômica, é primordialmente agrária. A produção da agricultura e do artesanato é direcionada para a subsistência. Já na sociedade moderna, a produção econômica se insere dentro do capitalismo. Há a industrialização e a mercantilização. No aspecto social, a sociedade tradicional tem como característica a falta de mobilidade. As aldeias rurais são organizadas em uma hierarquia desigual e estável. A sociedade é concebida como algo dado, diferentemente da época moderna, na qual ela é concebida como um projeto em desenvolvimento. Na sociedade moderna, a mobilidade social é mais comum. Ocorrem processos de urbanização e massificação que retiraram o caráter da identidade coletiva. Deste modo, um outro processo inicia-se: a individualização. A política, que está interligada com a economia e o social, também se diferencia entre a sociedade tradicional e a sociedade moderna. Na tradicional, o público e o privado não são esferas distintas da vida humana, a organização se dá a partir de uma hierarquia e a autoridade é transcendental. Na modernidade, o público e o privado se misturam, ocorre a democratização da política que, conseqüentemente, faz nascer uma burocracia para organizar a sociedade.
Com o processo de industrialização e urbanização da Índia no século XX, o sistema de castas teve suas alterações. No entanto, como Sreenivasan sustenta, o sistema de castas mostrou considerável flexibilidade e adaptação para se manter na sociedade indiana. Em tempos remotos, quem agisse contra as regras impostas pelo sistema de casta era renegado ao ostracismo, isto é, retirado da vida em sociedade. Na medida em que na modernidade isso é praticamente impossível, as percepções sobre essas quebras de regras se tornaram mais flexíveis e dificilmente alguém é deixado de fora da sociedade.
As diferenças de status social entre diferentes profissões existem em quase todas as sociedades. Porém na maioria delas, é colocado pela psicologia da modernidade que o indivíduo pode elevar seu status seja pela educação, seja pelo esforço pessoal no trabalho. A questão que se eleva é que no sistema de castas nem mesma a aspiração à escala social tem espaço. A profissão do indivíduo é definida pela casta em que nasceu e não há nada que possa fazer para que mude essa sua situação. Numa orientação pré-moderna, a casta determina o trabalho desde o nascimento até a morte. Mesmo com a Constituição assegurando a oportunidade para todos, é muito difícil que alguém de uma casta inferior, quando mesmo um intocável, elevar seu nível de vida e status social.
A combinação da especialização hierárquica do trabalho e a exclusividade social fazem do sistema de casta estável, impedindo a mobilidade social, as reformas sociais e as mudanças econômicas. Ainda que o sistema de castas se configure como um impedimento à industrialização e à mobilidade. Há também a duplicação de custos para as empresas. Duplica-se os instrumentos e as máquinas, pois elas não podem ser usadas por pessoas de diferentes castas. A divisão do trabalho vai contracorrente à uma divisão pela razão econômica capitalista. Portanto combater a questão da castas implica distribuição de riqueza e poder. As castas superiores não apenas têm uma posição hierárquica baseada em termos abstratos, tais como prestígio intelectual, mas também acesso aos aspectos concretos de riqueza e poder político. O governo desde a independência tenta promover políticas de inserção de castas inferiores em universidades e cargos públicos por meio de cotas. Iniciativas de cotas para o setor privado ainda são polêmicas. Mesmo tendo uma eficácia mínima, as ações afirmativas são instrumentos que buscam corrigir as distorções do sistema de castas. No entanto, para que haja uma real mudança na cultura indiana e suas tradições devem refletir sobre si mesma. De forma alguma isso deva seguir o caminho da ocidentalização, ou seja, da incorporação não reflexiva dos valores ocidentais. A mudança da mentalidade deve vir da própria sociedade indiana, que já nos mostrou que a cultura não é estática e que pode se transformar sem perder sua essência.
A partir da sua independência e da promulgação de sua Constituição em 1949, o país se vê submergido no dilema da globalização, uma das conseqüências da modernidade. A interdependência econômica que se insere nesse contexto de globalização expõe um caminho a seguir: a implantação do capitalismo e de todas as transformações que esse abarca. Se pensarmos globalização como a difusão de instituições ocidentais através do mundo, a Índia seria mais um país sob o efeito da ocidentalização.
Uma das razões da transformação da economia durante o último decênio da Índia foi o aumento dos jovens urbanos consumidores. Situados entre os 20 e 30 anos, estes jovens consumidores não têm reparos em pagar altos preços por adquirir marcas globais; costumam comprar a crédito, normalmente têm casa e carro, algo que seus pais nunca tivessem sonhado fazer na sua juventude. A casa é um investimento para eles e o carro uma necessidade. (http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
A Índia avalia os Acordos Comerciais Regionais (FTA's) como "blocos de construção" para o objetivo geral da liberalização do comércio. Portanto, participa de uma série de acordos, que incluem acordos de livre comércio (TLC's); Acordos de Comércio Preferencial (PTA); Acordos de Cooperação Econômica (CECA), etc. Estes acordos se realizam tanto bilateral como regionalmente. (http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
O setor industrial consiste principalmente em engenharia, aço, automotriz, biotecnologia, medicamentos e produtos farmacêuticos, processamento de alimentos, minerais, fertilizantes, etc. A Índia oferece imensas possibilidades para o desenvolvimento das infra-estruturas.
A Índia estabeleceu uma forte e diversificada base industrial para a produção de uma ampla variedade de produtos básicos e bens de capital para satisfazer as necessidades de diversos setores, entre eles a indústria elétrica, à geração de energia e transmissão, equipes de processo, automóveis, navios, aviões, a mineração, produtos químicos, petróleo etc. O setor industrial registrou um notável crescimento de 10,3%.
A indústria automotriz, é uma das mais importantes. A Índia é o segundo produtor do mundo de veículos de duas rodas, o quinto maior fabricante de veículos comerciais, assim como o maior fabricante de tratores. É o quarto maior mercado de automóveis de turismo na Ásia, assim como sede do maior fabricante de motocicletas. O crescimento da classe média, o aumento do poder aquisitivo, junto com a sólida economia local atraiu aos principais fabricantes de automóveis ao mercado índio. (http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
A biotecnologia é um dos setores de crescimento mais rápido; além disso, impactou notavelmente na agricultura, na saúde, na transformação industrial e na sustentabilidade ambiental. Os produtos biotecnológicos índios estão se posicionado com sucesso nos mercados globais. Há uma importante oferta de produtos terapêuticos e vacinas. O setor gerou aproximadamente 1,07 milhões de dólares e registrou um crescimento de 36,55 por cento no ano 2005-06. (http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
A indústria farmacêutica é outro setor que mostrou importantes progressos nos últimos anos. É uma das maiores e mais avançadas no mundo. Este setor oferece inumeráveis oportunidades de negócio para os investidores e empresas de todo o mundo. A Índia foi reconhecida como um dos principais atores mundiais em produtos farmacêuticos.
A indústria de processamento de alimentos é uma das maiores do mundo em termos de produção, de consumo, de exportações e de perspectivas de crescimento.
A rede de telecomunicações é a terceira maior do mundo e a segunda maior entre as economias emergentes da Ásia. É, além disso, um dos mercados de telecomunicações de mais rápido crescimento no mundo. A indústria índia de telecomunicações fabrica uma gama completa de equipes de telecomunicações utilizando as técnicas mais avançadas com tecnologias desenhadas especificamente para satisfazer as diversas condições climáticas.
A indústria do cimento é muito intensiva em energia; é a terceira maior consumidora de carvão no país. É relativamente moderna e se encontra entre as melhores do mundo. A Índia é o segundo maior fabricante de cimento do mundo.
O setor dos serviços, no seu conjunto, contribuiu em 68,6% no crescimento do PIB entre os anos 2002-03 e 2006-07. (http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
O software índio e os serviços relacionados com as tecnologias da informação estão crescendo espetacularmente, avançado na corrente de valor. O segmento de Business Process Outsourcing (BPO), se transformou em um dos motores fundamentais do crescimento da Índia e da indústria de serviços de software.
Bollywood é o nome típico da indústria cinematográfica índia. O nome vem de Bollywood como uma referência a Hollywood, mas com a inicial "B" de Bombaim (Mumbai), o lugar na Índia para produções de cinema. O número de filmes produzidos é o maior do mundo. Em 2003, a indústria cinematográfica índia produziu 877 filmes. Aproximadamente vinte e três milhões de índios vão ver um filme todos os dias. Segundo uma pesquisa realizada por Ernst & Young, mais de 70% da indústria acha que aumente em mais de 15% nos próximos cinco anos. ( http://pt.reingex.com/br114eco.asp)
O Brasil atualmente exporta vários produtos para a Índia que é um país emergente, mas com um forte potencial econômico. Dentre os diversos produtos exportados destacamos três deles que são :o petróleo,a cachaça e o frango.
O frango in natura é um produto do setor primário tendo como fator de produção o capital e o trabalho, é considerado uma concorrência perfeita, pois são muitas as empresas, mas que não exercem nenhuma força no mercado.
O petróleo e um produto do setor primário e tem como fator de produção recursos naturais e trabalho, são considerados um oligopólio.
A cachaça industrial é um produto de setor secundário, também tem como fator de produção o capital e o trabalho, e também é vista como um oligopólio.
Apesar da crise financeira Mundial, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Índia Devisingh Patil, falam abertamente sobre a intenção de triplicar a relação comercial entre Brasil e Índia até 2010. De acordo com Lula, os dois países têm potencial para elevar o comércio bilateral de US$ 3 bilhões para US$ 10 bilhões nos próximos dois anos.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) as relações comerciais entre Brasil e Índia está há dois anos com déficit. No ano passado, as transações comerciais entre os dois países foram deficitárias em US$ 2,461 bilhões para o Brasil, valor que superou o saldo negativo de 2007, que ficou em US$ 1,211 bilhão. O mercado indiano é bem promissor para as exportações brasileiras. Algumas das vantagens competitivas desse país são: (http://www.protec.org.br/noticias)
• A quarta maior economia em termos da paridade do poder de compra (PPP)
• Mercado consumidor grande e em rápida expansão
• 300 milhões de pessoas formam um mercado de consumo (classe média) de branded consumer products
• Infra-estrutura grande e diversificada: Terceira aaior malha ferroviária do planeta, sistema de portos e aeroportos e várias regiões, telefonia em expansão com aprimoramento da banda larga
• Setor privado forte e maduro
• Mercado de capitais vibrantes, mais de 24 bolsas de valores(2005)
• Política de privatização: setores como petróleo,aviação, hotelaria,turismo,mineração,entre outros
• Fácil investimento externo com liberdade de entrada;(investimento,locação;tecnologia.importação e exportação).
(www.cgimoveis.com.br/mercado/documento)
4 GEOGRAFIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
O governo brasileiro tem demonstrado interesse em investir nas relações econômicas com o país importador (Índia), prova disso são os acordos que vem sendo assinados na busca da redução de barreiras, aumentando assim benefícios para ambos.
A postura do Chefe de Estado brasileiro vem favorecendo as relações comerciais entre o Brasil e a Índia, países que embora ainda não façam parte de um mesmo bloco comercial, vem buscando cada vez mais acordos que favoreçam ambos.
O Brasil e a Índia estão oferecendo uma oportunidade mútua e única para empresas de ambos os países no processo de globalização.
Do ponto de vista do Brasil e da América Latina, a Índia é, potencialmente, uma nova China em ascensão. Há cerca de duas décadas, quando a China começava a abrir seu mercado para o mundo, empresas brasileiras não estavam prontas para explorar aquele país ou outras nações da Ásia, naquela época, o Brasil lutava arduamente por sua estabilidade macroeconômica. Atualmente, a Índia oferece uma rara oportunidade enquanto se abre para investimentos, e empresas brasileiras disputam num campo relativamente virgem contra empresas maiores da Europa e dos Estados Unidos — quando comparados a outros mercados emergentes mais maduros. Da mesma maneira, do ponto de vista da Índia, a América Latina e o Brasil são boas alternativas ao sudeste asiático, que opera sob uma forte presença chinesa. Além do mais, sozinho, o Brasil é o segundo maior mercado ocidental em população — sendo superado apenas pelos Estados Unidos — para a maior parte das mercadorias, bem como um grande passo no caminho para os mercados americanos e europeus em grau de sofisticação.
Em contrapartida, vale lembrar o receio de investir num mercado desconhecido e geograficamente distante, além do que as taxas de importação e frete podem fazer com que estas oportunidades sejam difíceis num futuro próximo. E a verdadeira concorrência será com as empresas americanas e asiáticas.
4.1 ACORDOS ECONÔMICOS

O Brasil e a Índia não fazem parte de um mesmo bloco econômico, porém possuem acordos comerciais. Em agosto de 1969 foi celebrado um Acordo Comercial Bilateral entre Brasil e Índia destinado a incentivar o comércio entre os dois países. O Acordo prevê um tratamento preferencial nas relações comerciais entre os dois estados em comparação com países terceiros, tratamento esse que envolve impostos sobre o comércio exterior e de importação, especialmente os que incidem sobre a industrialização, a circulação e o consumo de bens importados, abrangendo também restituições e proibições, além de normas e formalidades de importação e exportação.
O acordo prevê que os bens exportados por um dos países só podem ser utilizados para consumo interno ou transformação no país importador. Além disso, estabelece que a re-exportação desses bens requer a autorização expressa do país exportador, devendo ser realizada de acordo com as normas previstas em atos internacionais celebrados com outras partes contratantes.
Este acordo entre o Brasil e a Índia destinado a evitar a dupla tributação e a evasão fiscal foi promulgado através do Decreto Legislativo nº 214, de 12 de novembro de 1991. Esse tratado segue as normas da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e abrange imposto de renda e taxas adicionais (exceto imposto de renda complementar).
Em julho de 1997, os governos do Brasil e da Índia concluíram um ajuste do atual acordo comercial sobre medidas sanitárias e fitossanitárias, o qual se refere à melhoria da cooperação técnica e administrativa, de forma a controlar as atuais pragas e doenças e a promover o comércio de produtos agrícolas e animais entre os dois países.
Há também o acordo PTA assinado em 2004 entre Índia e Mercosul, que prevê concessões de preferências tarifárias e regras de origem para a comercialização de diversos produtos entre os países e que deverá se tornar operacional no momento em que for ratificado por todos os países membros do bloco. No Brasil isso ocorreu em 03 de setembro de 2008, através do Decreto Legislativo nº 221.
Além disso, as missões presidenciais do Chefe de Estado brasileiro Luís Inácio Lula da Silva nos anos de 2004, 2007 e 2008, reforçam os laços diplomáticos entre Brasil e Índia, consolidando as relações comerciais e culturais entre os países. Recentemente foi estabelecida uma iniciativa trilateral entre Índia, Brasil e África do Sul (IBAS) com o objetivo de fortalecer a cooperação no eixo Sul-Sul, promovendo oportunidades de negócios e investimentos entre as regiões.
Os objetivos principais do Fórum do Diálogo IBAS poderiam ser sumariados como segue:
- Promover o diálogo Sul-Sul, a cooperação e posições comuns em assuntos de importância internacional;
- Promover oportunidades de comércio e investimento entre as três regiões das quais os países fazem parte;
- Promover a redução internacional da pobreza e o desenvolvimento social;
- Promover a troca de informação trilateral, melhores práticas internacionais, tecnologias e habilidades, assim como cumprimentar os respectivos esforços de sinergia coletiva;
- Promover a cooperação em diversas áreas, como agricultura, mudança do clima, cultura, defesa, educação, energia, saúde, sociedade de informação, ciência e tecnologia, desenvolvimento social, comércio e investimento, turismo e transporte. O Fórum de Diálogo IBAS promove consultas regulares nos níveis de Oficial Sênior (Pontos Focais), Ministeriais (Comissões Mistas Trilaterais) e Chefes de Estado e/ou Governo (Cúpula), mas facilita também a interação entre acadêmicos, iniciativa privada e outros membros da sociedade civil. Outro âmbito de interação entre as nações é o Fórum Brasil-Índia, lançado em 2007 com o objetivo de integrar os setores públicos e privados em ambos os países na busca pela ampliação das oportunidades de negócios. Dessa forma, pode-se perceber que as expectativas quanto à intensificação das relações entre os países bem como do fortalecimento do intercâmbio comercial entre eles são cada vez maiores.
Essa tendência se manifesta na balança comercial entre os países. Em um período de apenas dez anos, as exportações da Índia para o Brasil foram elevadas de 12 milhões de dólares para 579 milhões de dólares. Dentre os principais produtos exportados da Índia para o Brasil estão produtos químicos e petrolíferos, softwares de computador, medicamentos e tecidos, dentre outros. Já o Brasil exporta para a Índia bens como açúcar, autopeças, aeronaves, tecnologia de álcool combustível, petróleo, cachaça, recentemente também frango “in natura” entre outros.
Apesar das significativas iniciativas políticas, o comércio entre o Brasil e a Índia permanece pequeno, mesmo com crescimento de 50% ao ano.
4.2 BARREIRAS COMERCIAIS
Entre as diversas variáveis macro-ambientais que devem ser analisadas, encontram-se as variáveis macroeconômicas, sociais, demográficas, culturais, tecnológicas, políticas, ecológicas etc.
O país importador pode apresentar diversos fatores que representam barreiras à importação, entre eles a localização geográfica, quotas de importação, restrições à importação, embargos, altas tarifas alfandegárias, boicotes, moeda não conversível, economia instável, capacidade de pagamento, excesso de regulamentação, nível tecnológico, competição, pressão dos sindicatos, leis antidumping, código de subsídios e direitos compensatórios, código de normas técnicas, código de valor aduaneiro, acordo relativo a procedimentos sobre licenças de importação, falta de transparência na política de importação, exigência de certificados e testes, legislação sanitária, aspectos culturais, formas de comercialização, formas e custos de promoção, exigências de um alto índice de nacionalização dos produtos e falta de credibilidade.
A Índia é um dos membros fundadores da OMC, tendo concordado em atrelar a sua Tarifa Aduaneira às taxas especificadas no Programa de Concessões, previsto no Art. II do Acordo da OMC, estando, dessa forma, impedida de aumentar as suas tarifas além do limite especificado nesse programa. A Índia tem eliminado as Restrições Quantitativas, ou quotas (QR’s), de acordo com o compromisso assumido com a OMC. Além disso, criou leis de propriedade intelectual, “antidumping”, valorização alfandegária, proteção e anti-subsídios nos termos das disposições contidas no referido Acordo.
A Tarifa Aduaneira (CTA), de 1975, estabelece as alíquotas incidentes sobre bens importados pelo país. Os direitos alfandegários são arrecadados pelo Governo Central e, as alíquotas, que dependem da classificação prevista na CTA, estão alinhadas com o Sistema Harmonizado de Nomenclatura (SH). A Índia também adota a Nomenclatura Internacional de Comércio - Sistema Harmonizado – ITH(HS), através de documento emitido pela Direção Geral de Comércio Exterior - DGFT. A ITH (HS) inclui os códigos de importação para itens importados pela Índia, os quais têm até oito dígitos.
Em 1996-97, anunciou a criação da Comissão Tarifária, para analisar a melhor forma de redução das tarifas. Apesar dessas reformas, as alíquotas indianas continuam sendo umas das mais altas do mundo, especialmente para produtos que possam ser produzidos internamente.
Na Índia, as alíquotas são regidas pelas disposições da Lei das Alfândegas, de 1975. O livro, “Customs Tariff” (Tarifa Aduaneira), de R. K. Jain, publicado pela Centax Publications, contém detalhes sobre as mais recentes alíquotas incidentes sobre diversos produtos. O livro é publicado anualmente e é uma ferramenta útil para os futuros exportadores para a Índia.
Em relação à exportação de frango podemos considerar barreiras como:
- As importações de carnes de aves estão sujeitas ao cumprimento das condições de fabricação, abate, acondicionamento, etiquetagem e qualidade previstas na Norma de Produtos Alimentares, de 1973. Todos os exportadores devem cumprir os requisitos sanitários previstos nessas regras. A conformidade com essas condições é essencial para o seu desembaraço na Alfândega;
- A importação de alimentos também está sujeita ao cumprimento das condições previstas na Lei de Proteção contra a Adulteração de Alimentos, de 1954;
- As importações de todos os produtos agrícolas primários dependem de uma licença de segurança biológica e sanitária/fitossanitária emitida pelo Departamento de Agricultura e Cooperação, nos termos da Norma de Plantas, Frutos e Grãos (Regulamentação de Importação da Índia), de 1989. A licença é baseada nos princípios de análise e científicos previstos no Acordo da OMC sobre a aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias;
- Há também uma condição imposta onde as aves não podem ter sido alimentadas com subprodutos derivados de ruminantes e que a carne de frango não tenha entrado em contato com carne, produtos ou subprodutos de suínos ou ruminantes.
Essas são as principais barreiras que dificultam as exportações da ave para a Índia.
Em relação à exportação de cachaça podem ser consideras as seguintes barreiras:
- A importação de bebidas alcoólicas está sujeita à conformidade com vários requisitos estipulados pelos diversos governos estaduais;
- O comprador exige que um órgão idôneo ateste a qualidade do seu produto;
Além disso, o produto carrega grande taxa tarifária, o que faz com que o produto chegue ao país importador com custo elevado, o que pode acarretar diminuição do consumo do mesmo.
Na exportação de petróleo podemos considerar que 75% do que é utilizado no país é importado, portanto a Índia tem dependência do mercado externo, o que impede a geração de barreiras comerciais. Há também isenção de impostos para itens voltados a exploração de petróleo na Índia, pois o governo tem incentivado o setor privado a participar da exploração de suas jazidas de petróleo e também o refino do mesmo.
4.3 PROTECIONISMO
O protecionismo visa proteger o mercado interno através da criação de mecanismos que dificultam a entrada no país de mercadorias importadas, reduzem a competição externa e assim permitem o livre desenvolvimento das atividades econômicas internas. A teoria contrária ao protecionismo é o livre-comércio. Através desta linha de atuação, garante-se a independência de um país, enquanto ao se optar pelo caminho inverso, atinge-se o estágio da interdependência entre Estados concorrentes.
As maiorias dos países adotam medidas protecionistas em algum momento de sua trajetória político-econômica. Para tanto, estabelecem tarifas elevadas e impõem regras técnicas aos produtos externos, gerando assim uma série de obstáculos que tornam mais difícil sua entrada no mercado nacional, ao diminuir sua margem de lucros. Também é comum criar subsídios à indústria interna, propiciando um crescimento mais intenso; e instituir uma porcentagem fixa de mercadorias e de trabalhos estrangeiros no mercado interno.
No caso da Índia, recentemente promoveram um choque tarifário nos óleos vegetais para proteger o produto existente no mercado interno. Esse tipo de cobrança não é novidade na Índia, um mercado tradicionalmente fechado. Em 2007, a tarifa de importação estava em 45% para óleos vegetais, mas, em abril do ano passado, o país retirou a taxa para se proteger da inflação. Com a crise e a queda dos preços das commodities, a Índia retomou parcialmente a tarifa – mas, dessa vez, só para o óleo de soja. As barreiras tarifárias foram elevadas para 44% e 32,5% nos óleos de soja em bruto e refinado respectivamente. No mês passado foram criadas restrições físicas à importação de óleos em bruto utilizados pelas refinarias (utilização mínima de 50% de óleo nacional) que são menos taxados. As alíquotas vigentes já são muitas elevadas, e comenta-se que a legislação da Índia permite a elevação do imposto de importação dos óleos vegetais para até 100%, sem autorização prévia do Congresso. Já contra os produtos escolhidos para exportação, a cachaça, o frango “in natura” e o petróleo, não há nenhuma forma de protecionismo até o momento.
5 GESTÃO AMBIENTAL

5.1 PETRÓLEO
O compromisso da Petrobrás com o meio ambiente vai além de produzir, refinar e distribuir petróleo dentro dos mais rigorosos padrões de segurança. Como definido em seu Plano Estratégico, a empresa quer também a excelência e a liderança na área ambiental, o que a tem levado a considerar cada vez mais, em suas operações, a ecoeficiência.
Ecoeficiência significa produzir mais com o menor impacto possível no meio ambiente. Na Petrobrás isso se traduz num esforço continuado para compatibilizar o aumento da produção com a utilização cada vez mais racional de insumos naturais, como água e energia, e a menor geração possível de efluentes, resíduos e emissões em todas as suas unidades.
Em atitude pioneira, a Petrobras implantou um sistema informatizado para monitorar todas as emissões atmosféricas produzidas em suas instalações, no Brasil e nos demais países da América do Sul onde atua. O sistema permite o acompanhamento — inclusive pela sociedade — de mais de 20 mil diferentes fontes emissoras, orientando também as ações da empresa para contribuir com a redução do aquecimento global (efeito estufa).
Antes, graças à Petrobras, o Brasil já tinha se tornado um dos primeiros países do mundo a retirar totalmente o chumbo tetraetila da gasolina. A empresa também vem progressivamente retirando o enxofre de seus produtos e, recentemente, lançou o Diesel 500, com teor 75% menor desse elemento que no combustível convencional, o que resulta numa significativa melhora da qualidade do ar nas grandes cidades.
A Petrobras está sempre atenta aos possíveis acidentes decorrentes da atividade petrolífera. Com o objetivo de solucionar esses problemas e evitar danos ao meio ambiente, a Companhia possui uma infra-estrutura composta por Centros de Combate a Poluição por Óleo (CDPOs) e Centros de Defesa Ambiental (CDAs).
Ela reconhece a importância da água e investe todos os recursos necessários para preservar e promover o uso desse bem de forma racional e sustentável em suas operações. Além disso, está empenhada em contribuir para a preservação desse precioso patrimônio para seu fim mais nobre, que é o suprimento humano.
Exemplo dessa preocupação foi a escolha da água como tema das duas primeiras edições do Programa Petrobras Ambiental, que já destinou cerca de R$ 90 milhões a mais de 60 projetos voltados para a conservação e melhoria da qualidade de nossos recursos hídricos, incluindo reflorestamento em áreas de reserva e matas ciliares, proteção de nascentes e conscientização e capacitação das comunidades.
Um recurso não renovável é um recurso natural que não pode ser produzido, regenerado ou reutilizado a uma escala que possa sustentar a sua taxa de consumo. Sendo assim o petróleo é considerada uma fonte de energia não renovável, de origem fóssil e é matéria prima da indústria petrolífera e petroquímica.
Petróleo e gás natural são fontes de energia não-renováveis, mas é difícil imaginar o dia em que teremos que substituí-los por outras tão baratas e práticas. Atualmente mais da metade do consumo de energia do planeta é feita a partir de petróleo e gás natural.
A poluição do petróleo pode ser causada por qualquer derramamento de petróleo bruto ou de seus produtos refinados. Os maiores e mais danosos eventos poluidores usualmente envolvem derramamentos de petróleo, plataformas furadas no mar, de navios ou embarcações, explosões de poços e de oleodutos danificados na terra.
É importante enfatizar que o tamanho do derramamento não necessariamente nos mostra sobre o seu potencial de causar danos. Um pequeno acidente pode causar sérios danos a um ambiente de grande sensibilidade. Além disso, o tipo de produto do petróleo pode afetar a gravidade do dano ecológico. As mais importantes considerações devem ser feitas ao grau de toxicidade e a persistência ambiental dos materiais derramados.
Os resíduos petrolíferos são, basicamente, hidrocarbonetos que vão originar diversas fontes de poluição no meio marinho. Mais de quatro milhões de toneladas de petróleo são lançadas ao mar por ano.
O ambiente próximo às refinarias de petróleo ou terminais de reservatório pode estar sujeito a poluição crônica pelo petróleo de freqüentes derramamentos e de contínuas descargas de processos de efluentes contaminados, Exposições crônicas causam doenças cancerosas e não cancerosas de peixes e mariscos tem sido observados em habitats cronicamente contaminados.
Em plantas: Os danos são mais acentuados, ocorrem nas partes mais sensíveis das plantas, como as raízes. Os efeitos são menores nas partes de madeira de árvores e arbustos. Efeitos indiretos incluem a falta de oxigênio no solo e conseqüente redução de microorganismos. Os microorganismos que degradam petróleo competem com as plantas por nutrientes minerais. Derramamentos de baixa escala podem algumas vezes atuar privilegiando o crescimento de algumas plantas, isso se deve pela ação como hormônio de componentes do petróleo. Os efeitos dependem do tipo de vegetação presente na área afetada.
Em animais: Por causa do alto teor de conteúdo lipídico e taxas metabólicas os animais do solo são provavelmente mais sensíveis do que as raízes das plantas. O óleo exerce um grande efeito sobre a respiração dos animais. Um efeito indireto sobre os animais é a exaustão de oxigênio no ar do solo por causa da degradação microbiana. Mais estudos deverão ser feitos para se esclarecer os danos causados às populações animais afetadas por derramamentos de petróleo.
Também são requisitos da ecoeficiência: desenvolver e disseminar o uso de energias renováveis — como a eólica, a solar e a de biomassa — e criar instrumentos de proteção à biodiversidade. Ambos vêm merecendo atenção crescente da Petrobras, em consonância com seu compromisso estratégico com a responsabilidade ambiental.
Com este pensamento, a Petrobras toma uma serie de cuidados para evitar uma possível poluição e tentar diminuir ao máximo qualquer tipo de agressão a natureza, tais como:

Cuidados na Exploração
A exploração é o ponto de partida da indústria do petróleo. Seu trabalho de campo - representado basicamente por levantamentos sismográficos - quase não interfere nas condições naturais.
As equipes exploratórias passam vários dias em alto-mar, nos sertões ou mesmo nas florestas, expostas a ambientes hostis em regiões de difícil acesso, procurando fazer com que sua atividade seja imperceptível à vida selvagem.

Cuidados na Perfuração
Os trabalhos exploratórios indicam as áreas mais favoráveis à ocorrência de petróleo e gás natural, em terra e mar. Com o mesmo cuidado preventivo das equipes exploratórias, chega a hora da perfuração dos poços, uma atividade que deve interferir o mínimo possível no ambiente natural e nas comunidades vizinhas.
Na floresta Amazônica, onde as descobertas importantes vêm ocorrendo em áreas inexploradas pelo homem, o verde é respeitado, limitando-se os trabalhos de perfuração à indispensável abertura da mata. Após a retirada dos equipamentos, tem-se o cuidado de deixar o local em condições de ser recuperado pela vegetação nativa ou por reflorestamento.

Cuidados na Produção
Na fase de produção, o acompanhamento perdura enquanto durar a produção do campo.
Quando a perfuração identifica um poço, são instalados os equipamentos de produção, que compreendem válvulas de controle, linhas de superfície e estações coletoras, entre outros. Para os poços comercialmente produtores no mar são instaladas plataformas fixas ou flutuantes e sobre elas são montadas as facilidades de produção. Nos poços submarinos, as válvulas de controle da produção são instaladas no próprio leito submarino.
Nos equipamentos de fundo dos poços são instaladas válvulas de bloqueio, que evitam a produção descontrolada ou a erupção do poço. Em situações de emergências equipes treinadas estão em alerta permanente para evitar ou reduzir impactos sobre o meio ambiente.
O petróleo é produzido junto com água. Uma vez separada do óleo e do gás, essa água é tratada e descartada, de modo a não afetar as condições ambientais. Em alguns casos, a água é reinjetada na rocha-reservatório, para aumentar a pressão, e por consequência, a produção dos poços.
Das operações de tratamento do petróleo resultam resíduos oleosos que, mesmo em pequenas quantidades, recebem cuidadoso tratamento para evitar a contaminação das áreas ao redor.
Inovações tecnológicas vêm permitindo a reutilização de efluentes líquidos resultantes das operações de produção.

Cuidados no Refino
Em suas onze refinarias, a Petrobras tem desenvolvido sistemas de tratamento para todos os efluentes. Chaminés, filtros e outros dispositivos evitam a emissão de gases, vapores e poeiras para a atmosfera; unidades de recuperação retiram o enxofre dos gases, cuja queima produziria dióxido de enxofre, um dos principais poluentes dos centros urbanos. Os despejos líquidos são tratados por meio de processos físico-químicos e biológicos.
Além de minimizar a geração de resíduos sólidos, as refinarias realizam coleta seletiva, que permite a reciclagem para utilização própria ou a venda a terceiros. O resíduo não-reciclado é tratado em unidades de recuperação de óleo e de biodegradação natural, onde microorganismos do solo degradam os resíduos oleosos. Outros resíduos sólidos são enclausurados em aterros industriais constantemente controlados e monitorados.
As refinarias da Petrobras vêm sendo renovadas para processar petróleos brasileiros com baixo teor de enxofre, que dão origem a combustíveis menos poluentes. Unidades de hidrotratamento implantadas nas refinarias vêm possibilitando a produção de derivados de petróleo de qualidade cada vez mais apurada.

Cuidados no Transporte
Para que o petróleo chegue às refinarias e os derivados ao consumidor, a Petrobras opera uma extensa rede dutoviária e a maior frota de petroleiros do Hemisfério Sul.
São utilizados navios petroleiros, vagões, caminhões-tanque e uma extensa rede de dutos, que transportam os produtos até os pontos de armazenamento ou de abastecimento, e um conjunto de terminais marítimos.
A movimentação de combustíveis através destes meios exige rigorosas medidas de prevenção, que começam nos projetos dos novos empreendimentos e se estendem às operações.
Os terminais marítimos estão dotados de equipamentos especiais (barreiras de contenção, barcos recolhedores de óleo, coletores de óleo, etc.). Durante as operações de carregamento e descarregamento dos navios, realizadas por pessoal especializado e em constante treinamento, são adotadas severas medidas de prevenção e controle. Equipes de emergência estão sempre prontas para qualquer eventualidade.
Centros de combate à poluição por óleo foram instalados nos principais terminais marítimos, aumentando a segurança em caso de emergências.

Cuidados na Distribuição
A distribuição, realizada através de bases em vários pontos do país, depósitos em aeroportos, navios, caminhões e vagões-tanque e numerosa rede de postos revendedores, fecha o ciclo "do poço ao posto".
Esta garantia é assegurada por produtos de qualidade e pela valorização profissional de seus empregados, que, em programas integrados de treinamento, recebem a formação necessária para tratar com a mesma ênfase a produção, a qualidade, a segurança e o meio ambiente.
Na área operacional, a Petrobras tem investido de forma expressiva na racionalização do uso da água, na minimização da geração e descarga de poluentes e no tratamento de efluentes, buscando reduzir os impactos de suas atividades na qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos.
Também vem intensificando estudos visando ao reuso interno e à reciclagem de efluentes. Nas refinarias já eram empregados tratamentos primários e secundários de efluentes. Hoje, algumas já usam a fase terciária — os biodiscos —, que deverá ser progressivamente estendida a todas as unidades

Reduzir, Reutilizar, Reciclar
Resíduos representam desperdício de recursos naturais, perdas econômicas e poluição ambiental. Por isso a Petrobras está empenhada em reduzir ao máximo a sua geração e priorizar os processos que levam ao reuso e à reciclagem, dentro das melhores práticas de gestão.
Com esse objetivo, a Petrobras está implantando um sistema informatizado que reúne todos os dados sobre os resíduos resultantes de suas atividades. O sistema classifica os materiais de acordo com o grau de periculosidade, registrando as quantidades produzidas, tratadas, recicladas, reutilizadas ou estocadas.
Todas as unidades da Companhia também estão adotando Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), além de já praticarem coleta seletiva do lixo não industrial para reciclagem. Com relação a produtos, a Petrobras também está implantando diversos programas visando à reciclagem de asfalto e de óleos lubrificantes e suas embalagens.

5.2 FRANGO
Agindo no presente e construindo no futuro.
“Uma empresa que escolhe o caminho do desenvolvimento sustentável quer um mundo mais promissor, com a preservação e conservação do meio ambiente e a garantia do bem-estar da sociedade sem comprometer as necessidades e escolhas das futuras gerações.”
É desta forma que a Sadia atua em direção à sustentabilidade, um tema que vem sendo incorporado nos processos da companhia, de forma a buscar o equilíbrio econômico-financeiro com respeito ao meio ambiente e responsabilidade social.
Como resultado do tratamento estratégico que tem sido dedicado ao tema, algumas iniciativas têm sido desenvolvidas tanto no âmbito do negócio da empresa quanto na atuação do Instituto Sadia, visando aprimoramentos nos processos internos de toda a companhia. Alguns exemplos deste processo:

Pacto Global das Nações Unidas(Organização das Nações Unidas)

Plataforma com objetivo de mobilizar as lideranças da comunidade empresarial internacional para apoiarem as Nações Unidas na promoção de valores fundamentais nas áreas de meio ambiente, direitos humanos, trabalhistas e de combate à corrupção. Consequentemente visa um avanço na busca de uma economia global mais sustentável e inclusiva.

Pacto Moratória da Soja
(Abiove- Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais e Anec- Associação Nacional dos Exportadores de Cereais)

Compromisso da ABIOVE e da ANEC, em conjunto com seus associados para a não comercialização da soja plantada depois de outubro de 2006 proveniente de áreas desmatadas
do Bioma Amazônico após a data de 24/07/06.

Sustainable Food Laboratory(Peter Senge, Adam Kahane, Hal Hamilton, Don Seville, Unilever, Kellogg Foundation)
Plataforma que estimula a aplicação de responsabilidade social, econômica e ambiental na cadeia de alimentos.
Carbon Disclosure Project(Carbon Trust, Rockefeller Foundation, Tony Blair)
Requerimento coletivo, formulado por investidores institucionais e endereçado às empresas listadas no FT500, visando o fornecimento de subsídios para o processo decisório dos investidores institucionais, em relação ao tema do impacto financeiro das mudanças climáticas

Projeto Lucas do Rio Verde Legal

A Sadia e o Instituto Sadia são parceiros nesta iniciativa que visa a regularização de propriedades rurais, compatibilizando o desenvolvimento agropecuário e agroindustrial com a conservação ambiental da região.

Embalagens com certificação FSC
As embalagens feitas de papel cartão e papelão ondulado utilizadas pela Sadia são certificadas com o selo FSC – Forest Stewardship Council entidade internacional que atesta o manejo responsável das florestas em todo o mundo. O selo demonstra que as embalagens são desenvolvidas com práticas sustentáveis, incluindo processos como o manejo florestal, a fabricação do papel, a produção das embalagens e a impressão dos cartuchos.
As recomendações destes compromissos vêm sendo trabalhadas na companhia por meio de planos de ação. Os pactos são discutidos no âmbito de cada diretoria de acordo com a especificidade do assunto e traduzidos em políticas e procedimentos tais como: ações de divulgação e sensibilização junto ao público interno e à cadeia da companhia e inclusão de cláusulas contratuais junto aos fornecedores. Com a consolidação das fases inicias, ações de monitoramento e planos de metas de melhorias serão estabelecidas de acordo com as áreas funcionais.
As gorduras animais constituem uma fonte renovável de energia, com potencial para conversão em bicombustível.
Nos últimos anos a produção de carne de frango tem aumentado expressivamente, e como conseqüência tem sido gerada uma maior quantidade de resíduos industriais provenientes do processamento das aves. Estes resíduos agroindustriais são ricos em diversos nutrientes que podem ser utilizados “in natura”, mas também podem ser aplicadas técnicas de processamento a fim de proporcionar transformações desejadas sobre as características químicas e físicas, tendo em vista um melhor aproveitamento dos mesmos. Estes subprodutos são ricos em lipídios podendo ser utilizados em diversos produtos, porém geralmente são utilizados na elaboração de rações animais e produtos com baixo valor agregado.
Os atrativos econômicos para produção de biodiesel a partir desses resíduos decorrem da sua disponibilidade imediata em áreas agro-industriais, do seu baixo custo e da diversificação das matérias-primas, configurando-se como uma alternativa extremamente promissora, visto que possibilita a conversão de um resíduo em uma fonte de energia renovável,
O uso de gorduras animais como materiais de partida para produção de biodiesel apresentam também uma importante componente ambiental, uma vez que pode evitar o destino impróprio desses resíduos e minimizar os impactos negativos ao meio ambiente.

5.3 CACHAÇA
A cachaça pertence à nobre família das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de cana-de-açúcar, leveduras e água.
A Cana-de-açúcar é uma Energia Renovável, praticamente todos os resíduos da agroindústria canavieira são reaproveitados.
Durante o processo de produção da cachaça, são gerados os seguintes resíduos: Ponteira da cana, vinhoto e bagaço.
A ponteira da cana-de-açúcar pode ser utilizada em silagem para alimentação animal. Já o bagaço é rico em fibras, porém pouco nutritivo, especialmente se o processo de moagem foi eficiente. O indicado é utilizá-lo depois de seco, nas caldeiras como substituto de parte da madeira, ou mesmo para a produção artefatos artesanais.
O vinhoto é comumente utilizado como fertilizante e também na produção de biogás em algumas destilarias. Entretanto, este subproduto nao deve, de forma alguma ser jogado em rios ou leitos de água sem tratamento prévio por ser altamente poluente. A cachaça pode ser redestilada para produção de entanol, mas não é aconselhavel o retorno deste produto ao destilador para ser reprocessado.
A cana colhida é processada com a retirada do colmo (caule), que é esmagado, liberando o caldo que é concentrado por fervura, resultando no mel, a partir do qual o açúcar é cristalizado, tendo como subproduto o melaço ou mel final. O colmo é às vezes consumido in natura (mastigado), ou então usado para fazer caldo de cana e rapadura.
O caldo também pode ser utilizado na produção de etanol, através de processo fermentativo, além de bebidas como cachaça ou rum e outras bebidas alcoólicas, enquanto as fibras, principais componentes do bagaço, podem ser usadas como matéria prima para produção de energia elétrica, através de queima e produção de vapor em caldeiras que tocam turbinas, e etanol, através de hidrólise enzimática ou por outros processos que transformam a celulose em açucares fermentáveis.
Praticamente todos os resíduos da agroindústria canavieira são reaproveitados. A torta de filtro, formada pelo lodo advindo da clarificação do caldo e bagacilho, é muito rica em fósforo e é utilizada como adubo para a lavoura de cana-de-açúcar. A vinhaça, que é o subproduto da produção de álcool, contém elevados teores de potássio, água e outros nutrientes, sendo utilizada para irrigar e fertilizar o campo.
A Cana-de-açúcar já é a segunda fonte primária de energia do país, ficando atrás apenas do petróleo e derivados.
Geralmente, as plantações ocupam vastas áreas contíguas, isolando e/ou suprimindo as poucas reservas de matas restantes, estando muitas vezes ligadas ao desmatamento de nascentes ou sobre áreas de mananciais. Os problemas com as queimadas, praticadas anteriormente ao corte, para a retirada das folhas secas, são uma constante nas reclamações de problemas respiratórios nas cidades circundadas por essa monocultura.
No Brasil, a agroindústria da cana-de-açúcar tem adotado políticas de preservação ambiental que são exemplos mundiais na agricultura, embora nessas políticas não estejam contemplados os problemas decorrentes da expansão acelerada sobre vastas regiões e o prejuízo decorrente da substituição da agricultura variada de pequenas propriedades pela monocultura. Já existem diversas usinas brasileiras que comercializam crédito de carbono, dada a eficiência ambiental.
Na época atual,as plantações de cana, principalmente no estado de São Paulo,obedecem a rigorosos padrões de preservação do solo com uso das práticas conservacionistas mais modernas. Observe-se também que em época de renovação do cultivo, a cada quatro ou cinco anos, são efetuados plantios de leguminosas(soja) que recuperam o solo pela fixação de nitrogênio.
Quanto aos problemas advindos da queima controlada na época do corte,existe já um movimento em direção à mecanização da colheita que aumenta de ano para ano,além de rigorosos protocolos que prevem o fim da queima até o ano de 2014.
Atualmente a infra-estrutura urbana de todas as cidades da Índia já se encontra sob grande pressão. Os lençóis de água estão se esgotando rapidamente, a poluição vem alcançando níveis críticos, considerada uma das maiores responsáveis pela emissão de gás carbônico o sistema de transporte está confuso e os sistemas de esgoto e saneamento estão caóticos. Tudo isso está afetando a saúde e higiene pública.
Com isso a Índia inicia a criação de seu primeiro plano nacional, decorrente da intensificação de pressões internacionais, para lidar com o aquecimento global, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa. a Índia está no momento respondendo à urgência da situação em questão, afirmando ainda que como o país nunca havia declarado sua posição, já está na hora de expor todas as idéias que a Índia pretende realizar para se adaptar as mudanças climáticas e frear o aquecimento global.
A Índia que teve um crescimento econômico entre 8 e 9% nos últimos anos, contribui atualmente com cerca de 4% das emissões globais dos gases do efeito estufa devido ao aumento da utilização de combustíveis fósseis, fazendo com que as emissões no país cresçam de 2 a 3% ao ano.
Porém, como a Índia é um país em desenvolvimento, o Protocolo de Kyoto não exige que ocorra redução em suas emissões, e este principal ponto que é muito criticado no acordo do Kyoto que deve ser modificado em um próximo protocolo “pós-Kyoto”, já que o atual irá vencer em 2012 e ainda assim o país já deve planejar em reduzir as emissões, assim como muitos outros que não são teoricamente obrigados a reduzir suas emissões, já que há grande pressão por parte de países industrializados e ONGs.
Apesar da aparente boa vontade do governo indiano na abertura da economia a produtos brasileiros, a Índia continua a apresentar características de um país altamente protecionista, contudo, em relação aos três produtos importados pelo Brasil (petróleo, frango e Cachaça), a única condição imposta por eles, é a de que as aves não tenham sido alimentadas com subprodutos derivados de ruminantes e que a sua carne não tenha entrado em contato com a carne, produtos ou subprodutos de suínos ou ruminantes, pelo fato de grande parte da população seguir a religião hindu, que não permite o consumo de carne bovina.
6 CONCLUSÃO
O desenvolvimento deste planejamento interdisciplinar foi importante para ampliar nossos conhecimentos sobre a Índia, um país que está ganhando a atenção no cenário internacional e como se desenvolve o comércio internacional com o Brasil.
A diversidade é uma característica marcante na cultura, geografia e culinária desse país que é uma república parlamentar que consiste em 28 estados e em sete territórios federais, se localiza no centro-sul da Ásia e possui uma população de aproximadamente 1.100 milhões de habitantes.
O Brasil atualmente exporta vários produtos para a Índia que é um país emergente, mas com um forte potencial econômico. Dentre os diversos produtos exportados destacam-se três deles que são: o petróleo, a cachaça e o frango. A Índia tem eliminado as restrições quantitativas, o que significa uma facilidade maior da entrada de produtos estrangeiros. Como depende de 75% das importações de petróleo a entrada desse produto não encontra barreiras, porém, por questões culturais e higiênicas o frango apresenta algumas dificuldades fitossanitárias e exigências como não terem entrado em contato com carnes suínas ou ruminantes e a cachaça por ser uma bebida alcoólica está sujeita à conformidade com vários requisitos estipulados pelos diversos governos estaduais e sofre grande taxação de impostos, o que tira a competitividade por chegar ao consumidor com preços elevados.
Com relação aos nossos produtos exportados para a Índia, concluímos que o petróleo brasileiro é explorado com grande cuidado ambiental em todas as etapas do processo, sendo exemplo de gestão ambiental eficiente a Petrobrás. O compromisso da Petrobrás com o meio ambiente vai além de produzir, refinar e distribuir petróleo dentro dos mais rigorosos padrões de segurança. Como definido em seu Plano Estratégico, a empresa quer também a excelência e a liderança na área ambiental, o que a tem levado a considerar cada vez mais, em suas operações, a ecoeficiência.
Concluímos que o comércio internacional entre país e Índia está em ascensão, o que traz ganhos para os dois países, como podemos ver com a questão do petróleo, a Índia supre sua necessidade de petróleo com nosso produto de alta qualidade e exemplo de extração com grande cuidado ambiental e o Brasil amplia cada vez mais sua participação no mercado internacional. Ainda há barreiras a serem superadas, principalmente com impostos, que constatamos com a cachaça, que sofre alta tributação chegando ao consumidor com elevados preços o que dificulta a preferência. Constatamos também que a Índia é muito tradicional em seus costumes e a cultura influencia no comércio, como vimos com o frango, a Índia exige que as aves não tenham sido alimentadas com subprodutos derivados de ruminantes e que a sua carne não tenha entrado em contato com a carne, produtos ou subprodutos de suínos ou ruminantes, pelo fato de grande parte da população seguir a religião hindu, que não permite o consumo de carne bovina.
Apesar da crise financeira Mundial de 2008, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Índia Devisingh Patil, falam abertamente sobre a intenção de triplicar a relação comercial entre Brasil e Índia até 2010, mostrando que a Índia tem grande interesse nas relações econômicas com o Brasil e vem demonstrando isso com assinatura de acordos comerciais na busca de redução de barreiras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<www.cgimoveis.com.br/mercado/documento> Acessado em Maio de 2009.

Criação do Blog

Caros alunos e professores, a partir de agora temos uma importante ferramenta para divulgar as pesquisas, trabalhos e projetos que são realizados no curso de COMEX do UNIS MG. Vamos utilizar ao máximo esta ferramenta, começando com a divulgação dos PIC´s que tiveram a melhor pontuação na parte escrita neste primeiro semestre.
Gostaria de dizer que estamos em processo de aprendizagem na utilização de blogs, por isso toda boa ideia e ajuda será bem vinda.
Grande abraço,
Prof. Pedro Portugal